Inflação no Brasil é menor que na Alemanha
Brasil
Publicado em 11/10/2022

A inflação para 12 meses na Alemanha deve ficar em 10% no mês de setembro, conforme a estimativa do governo alemão. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 7,17% para o mesmo período. Desse modo, o aumento do custo de vida dos alemães é maior que o dos brasileiros.

O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão divulgou o resultado de setembro nesta terça-feira, 11.

No Brasil, a queda nos preços dos combustíveis e da alimentação tem impulsionado o recuo da inflação. A redução dos custos na economia brasileira aparece, inclusive, no arroz, no feijão e nas carnes. Essa mistura é uma das bases da alimentação da população do país.

Ao mesmo tempo, o aumento nos valores pagos por energia e alimentação impulsiona a elevação do índice de preços ao consumidor alemão. Na Alemanha, esses custos subiram, respectivamente, 43,9% e 18,7% em setembro.

“Os preços da energia, em particular, aumentaram consideravelmente desde o início da guerra na Ucrânia e tiveram um impacto considerável na alta taxa de inflação”, informou o governo alemão. “Os preços da energia foram 43,9% mais altos em setembro de 2022 do que em setembro de 2021. Houve também uma elevação acima da média dos preços dos alimentos em 18,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.”

De acordo com o IBGE, em setembro ocorreu o terceiro mês seguido de deflação — queda nos preços — registrada pelo IPCA. Na média mensal, O indicador fechou em -0,29% no mês passado, mantendo a tendência de agosto (-0,36%) e de julho (-0,68%).

Além disso, a redução no preço da alimentação interrompeu o movimento de alta verificado nos meses anteriores no Brasil. “Os alimentos vinham apresentando crescimento desde o começo do ano, inclusive altas fortes em março (2,42%) e abril (2,06%)”, afirma Pedro Kislanov, gerente da pesquisa. “Essa queda de setembro (-0,51%) é a primeira desde novembro de 2021 (-0,04%).”

Fonte: Revista Oeste

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